terça-feira, 29 de novembro de 2016

Namastê: Goiânia agora tem Comida Indiana!

A cultura indiana tem uma infinidade de ingredientes que permeiam o imaginário popular em todo o mundo e fazem daquele país um lugar cada vez mais fascinante. Se a yoga, o misticismo e as artes têm grande importância neste cenário, a culinária também não passa despercebida. Afinal, não fossem os temperos indianos sequer teríamos sido descobertos. Para nossa benção, os moradores de Goiânia agora também poderão sentir as sensações que vêm conquistando o mundo há milênios.

A mais nova opção gastronômica da cidade, o VACA SAGRADA – INDIAN FOOD, estréia na cidade como uma das pérolas da novíssima Feira Chocolate com Pequi, que acontece todas as sextas-feiras no Parque Flamboyant a partir das 17h e que conta com show dos Heróis de Botequim como atração de estréia.

No cardápio, especiarias que fazem parte do dia-a-dia da mesa do povo indiano. O carro-chefe é o Frango Massala, o mais famoso prato da culinária local que inspira chefs de todo o mundo. Para acompanhar esta delícia os clientes terão a opção de escolher entre o Arroz de Limão ou o Arroz de Tamarindo. Esta explosão de sabores também conta com Chutney e Pão Chapati. E, para completar o combo e harmonizar de forma irretocável, Chay indiano!

Goiano perto dos indianos é paulista!
Aos mais preocupados sobre os pratos serem ou não picantes um aviso: apesar das pimentas serem uma das características mais marcantes da culinária indiana, os responsáveis pelo VACA SAGRADA – INDIAN FOOD avisam que, no primeiro momento, deixarão essa escolha para os clientes. Para isso, um molho altamente picante vem à parte. Mais à frente serão feitos testes com pratos "picantes por natureza".

Os idealizadores são o jornalista e músico Frederico Noleto e a professora de Italiano Andréia Coelho. Ele conta que teve oportunidade de conviver de perto com a cultura indiana durante suas vivências no exterior e que logo se apaixonou pela riqueza da cultura e, lógico, pela culinária. "Eles são incrivelmente inteligentes. Possuem uma imensa sabedoria. Isso faz com que mantenham, simultaneamente e, na medida certa, as virtudes da paciência e da alegria. E a gastronomia, essa sim, é dos Deuses!" - brinca o jornalista.

VACA SAGRADA – INDIAN FOOD faz parte da Feira Chocolate com Pequi, que se instalará todas as sextas-feiras no estacionamento do Parque Flamboyant. Frederico explica que a intenção é fazer da relação direta com os consumidores uma oportunidade para aprimorar e divulgar o cardápio antes de implementar  o serviço de "delivery". "Será uma experiência maravilhosa para nós. Trata-se de uma das culinárias mais admiradas e consumidas do planeta. Temos certeza que os goianos vão adorar" - conta Andréia.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Conheça o Sitar e entenda por quê é um dos instrumentos mais difíceis para tocar!


O Sitar é o instrumento musical de origem indiana de maior expressão. Sua imagem é fortemente associada à cultura do país, é um símbolo. Trata-se de um instrumento da família do Alaúde. Por isso, possui cordas esticadas além da caixa de ressonância, em um braço, e se destaca pelo intrigante som metálico.

O nome "Sitar" provém do persa (de três cordas) e provavelmente faz alusão à forma original do instrumento. Hoje o Sitar possui um grande número de cordas, em geral dezoito. Elas são subdivididas em três categorias: cordas de execução, cordas de bordão ou pontuação, e cordas simpáticas (ou simpatéticas).

As cordas de execução são as mais usadas, por serem as usadas para o toque da melodia de uma peça musical. As cordas de bordão, ou de pontuação, possuem um timbre mais metálico em relação às outras, e são usadas basicamente para acompanhamento. As cordas simpáticas, ou simpatéticas, são as mais numerosas. Normalmente, apresentam-se em número de onze cordas. Porém alguns modelos de Sitar podem apresentar até quinze cordas simpáticas.

Muitos Sitars atualmente possuem um segundo ressonador (caixa de ressonância) de cabaça, que fica posicionado atrás do braço em posição oposta à do bojo do instrumento. Alguns Sitars ainda possuem trastes móveis, o que permite que o músico toque com mais facilidade determinadas peças musicais.

É considerado por muitos músicos como sendo um dos instrumentos mais difíceis de se aprender a tocar. Tanto pela quantidade de cordas quanto pela pouca quantidade de mestres. Isso sem falar do imenso universo as musicas ocidental e oriental. Algumas canções dos Beatles contêm arranjos para o instrumento.

Aliás, todo fã dos Beatles já ouviu falar da influência da música da Índia em algumas de suas criações. George Harrison foi o que mais se deixou influenciar, tendo criado canções que se baseiam inteiramente na forma indiana de compor e tocar.

Tudo começou quando no set de filmagem de "Help!" George viu um instrumento estranho, com um som estranho, num dos cenários e sentiu-se atraído. Era um Sitar. Depois da compra de um exemplar barato e alguma experimentação ele apareceria, com seu som bizarro e estimulante, na canção Norwegian Wood. A sonoridade agradou a todos e foi utilizada em outras músicas.

Em 1966 os Beatles passaram pela Índia e acompanharam uma execução de Sitar pela primeira vez.
Especialmente na cidade de Nova Delhi, em uma loja chamada Rishikesh, de propriedade do senhor Rikhi Ram, que até hoje aguarda com muito orgulho sua coleção de fotos privadas com os integrantes da banda.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Entenda por que você precisa conhecer o Holi Festival


Holi Festival (Festival das Cores) é um evento realizado anualmente na Índia entre fevereiro e março que comemora a chegada da Primavera. Nesta brincadeira festiva, pessoas se divertem um dia inteiro atirando tintas umas às outras, das mais diversas cores. A alegria vem acompanhada de muita música e gastronomia. A brincadeira geralmente começa em casa, onde a criançada atira tintas nos irmãos e nos próprios pais que, saem às ruas fazendo o mesmo nos vizinhos. No final, todos saem completamente coloridos. Milhões de pessoas viajam todos os anos à Índia para celebrar a linda Festa das Cores.

A tradição também acontece no Suriname, Guiana, Trindade, Reino Unido, Ilhas Fiji e no Nepal. As pessoas cumprimentam-se dizendo “Holi Hai”. A data é comemorada no dia de lua cheia do mês de Phalugna, entre o final de fevereiro e o começo de março. O Holi já era festejado na Índia muitos séculos antes do nascimento de Cristo. São muitas as lendas que explicam seu início. Todas envolvem Deuses Indianos. Uma delas tem a ver com a lenda que descreve o extremo prazer que Krishna na aplicação de cor sobre Radha e Gopis. Esta brincadeira de Krishna mais tarde, tornou-se uma tendência e uma parte das festividades do Holi.

Outra lenda remete ao temível Rei Hiranyakashyap. Muito vaidoso, ele queria que todos no seu reino o adorassem. Mas foi justamente o seu filho Prahlad quem resolveu adorar uma entidade diferente, chamada Vishnu. Hiaranyakashyap combinou um terrível plano com sua irmã Holika (que tinha o poder de não se queimar) para matá-lo, carregando-o em seus braços para dentro de uma fogueira. A lenda conta que o poder de Holika enfrentar o fogo se tornou nulo quando ela entrou na fogueira acompanhada do sobrinho e que o deus Vishnu reconheceu a bondade e devoção de Prahlad, salvando-o. Por isso diz-se que a festa celebra a vitória de um deus contra o outro e também o triunfo da devoção.

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segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Apaixone-se pelo CHAI!


O Masala Chai ou "chá com especiarias" é uma bebida do subcontinente indiano feita a partir da produção de chá com mistura de especiarias e ervas aromáticas indianas. Embora o café seja uma bebida mais popular em partes do sul da Índia, o chai é muito comum em todo o sul da Ásia, onde vendedores de rua conhecidos como "tchai wallahs" se encontram aos montes. O termo tautológico chai (em hindi मसाला चाय ou masālā chī) é algumas vezes usado para indicar chá que contém especiarias e leite, distinto de outros tipos de chá. Cafeterias da Grã-Bretanha e do ocidente costumam usar o termo "chai late", indicando que o leite fervido do "café late" normal está recebendo o sabor de chá com especiarias concentradas ao invés do expresso.

O chá base é usualmente um chá preto forte, tal qual de Assam ou o de Kashmir (conhecido como "chá pólvora"). No entanto, uma grande variedade de chás pode ser usada, desde que tenha sabor forte o suficiente para se sobressair ao sabor das especiarias e adoçantes. O método tradicional mais simples de preparação do masala chai é o de ferver uma mistura de leite e água com folhas soltas de chá, adoçantes e especiarias não moídas. O método pode variar conforme o gosto ou costume local. Em algumas regiões faz-se a combinação de todos os ingredientes logo de início. Esperam levantar fervura e então imediatamente coam e servem. Outros começam fervendo as folhas de chá e só adicionam as especiarias no final e vice-versa.

Especiarias
O Masala Chai tradicional é uma bebida revigorante justamente por conta das chamadas "especiarias quentes". A maioria incorpora os seguintes componentes: cardamomo, gengibre, anis, pimenta e cravo. Tradicionalmente, o cardamomo é a nota dominante. As misturas para os pratos da cozinha indiana, como o Frango Masala, também usam comumente outras especiarias como cravo, gengibre ou pimenta do reino, que adicionam agradável sabor picante. A versão Kashmiri do chai é feita com chá verde ao invés de chá preto e possui uma mistura mais sutil de sabores como amêndoas, cardamomo, cravo e algumas vezes açafrão. Outros ingredientes possíveis são noz-moscada, sabor de rosa (pétalas de rosa são fervidas junto com o chá) ou raíz de licorice.

Embora a mistura de sabores favoreça as notas caramelizadas do Demarara ou outros açúcares marrons e o açúcar de palma ou de coco, ou a ainda mais leve e complexa acidez do mel; você também pode usar o açúcar branco comum. O Jaggery também é usado como um adoçante, principalmente em partes rurais da Índia. Uma quantidade surpreendentemente grande de açúcar pode ser necessária para extrair o sabor das especiarias; uma receita usa três colheres de sopa de açúcar para 3.5 xícaras de chai. Algumas pessoas incorporaram o Leite Condensado com propósito duplo de adoçante e leite. Usualmente usa-se o leite integral na preparação do Masala Chai. Geralmente acrescenta-se 1/4 a 1/2 partes de leite com água, esquentando o líquido até quase fervura ou mesmo até a fervura.

História
Plantas de chá tem crescido na região de Assam desde a antiguidade mas, historicamente, os habitantes do sul da Ásia viam o chá como um remédio herbal mais do que como uma bebida recreativa. Algumas das misturas de especiarias usadas no Chai Masala atualmente têm origem nos textos da Medicina Ayurvédica. No entanto data-se a década de 1830 como a grande popularização do cortem. Quando a Companhia das Índias Orientais inglesa tornou-se preocupada com o monopólio chinês do chá, que constituía a maior parte do seu comércio e dava suporte ao enorme consumo de chá na Grã-Bretanha, aproximadamente uma libra (por peso) por pessoa por ano. Colonizadores britânicos descobriram então a existência de plantas de chá assamesas e passaram então a cultivar plantações de chá in loco.

Até 1870 mais de 90% do chá consumido na Grã-Bretanha ainda era de origem chinesa. Em em 1900 esta porcentagem caiu para 10%. Grande parte substituído pelo chá crescido na Índia (50%) e Ceilão (33%). Entretanto, o consumo do chá dentro da Índia permaneceu pequeno até que uma campanha promocional agressiva pela companhia inglesa Indian Tea Association no início do século XX começou a encorajar fábricas, minas e moinhos têxteis a fornecer intervalos para tomar chá para seus trabalhadores. Ela também deu suporte a diversos chai wallahs independentes ao redor do sistema ferroviário crescente.

A promoção oficial do chá era como servido à moda inglesa, com pequenas quantidades de leite e açúcar. A Indian Tea Association inicialmente não aprovava a tendência dos vendedores independentes de adicionar especiarias e aumentar grandemente as proporções de leite e açúcar, assim reduzindo seu uso (e portanto a compra) de folhas de chá por volume líquido. Entretanto, Masala Chai na sua forma atual estabeleceu-se firmemente como uma bebida popular, não apenas sobrevivendo ao Raj Britânico mas espalhando-se além do sul da Ásia para o resto do mundo.

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sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Conheça o khādī: o tecido de Gandhi!


Apesar do termo khādī significar "algodão", nesta linda vestimenta tecida e fabricada à mão na Índia as matérias-primas também podem ser seda ou lã. Elas são fiadas em uma roda chamada charkha. Têm tecido versátil: fresco no verão e quente no inverno. Suas estampas são amplamente aceitas nos círculos da moda.

Em 1920 a fiação do khādī foi promovida por Mahatma Gandhi como forma de empregar camponeses e permitir a auto-suficiência da Índia. Desta forma, o khādī acabou se tornando uma espécie de ícone do boicote aos produtos ingleses promovido na época. Tanto que o próprio movimento de Independência da Índia girava em torno da sua utilização. Ate hoje a maioria dos políticos do país são vistos publicamente apenas usando khādī.

A Índia tem longa história de têxteis. Já no período védico, os arianos costumavam produzir os próprios tecidos. O khādī charakhas costumava ser presenteado a noivas como uma forma de incentivar a cultura da fiação. O khādī foi popularizado no ocidente pelas telas do cinema em cenas do filme  Star Wars, através do personagem Mace Windu (Samuel L. Jackson). Outro detalhe é que a bandeira da Índia só pode ser confeccionada a partir deste material.

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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Afinal, o que é o CURRY?


O CURRY (em português "caril") é uma mistura de especiarias muito utilizada na culinária da Índia e demais países da região, como Bangladesh e Tailândia. Na prática é a base de quase todos os pratos típicos daquele país e basicamente um de seus principais temperos. Após ser moído e tostado, o mix passa a ter cor amarelada.

O "pó-de-caril" é feito à base de pó açafrão-da-terra, cardamomo, coentro, gengibre, cominho, casca de noz-moscada, cravinho, pimenta e canela. Em algumas regiões também é usada alforva, pimenta-de-caiena, cominhos finos, pimenta-da-jamaica, pimentão e alecrim.

Existem currys que chegam a levar 70 plantas diferentes e, como quase todos  os temperos da culinária indiana, também possui diversas propriedades terapêuticas que abordaremos em outras reportagens. O que se sabe de verdade é que o curry, aumenta a imunidade do nosso organismo e, sim, também pode ajudar na perda de gordura.

O que poucos brasileiros sabem é que o mix de temperos também é um preparado típico do Estado Português da Índia (estado ultramarino português fundado em 1505, seis anos após o descobrimento da rota entre Portugal e o Subcontinente Indiano), onde indianos falam português. A palavra curry foi incorporada à língua inglesa em 1598, possivelmente a partir do português 'caril'.

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