quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Chamuça Vegana: o pastel indiano que vai te conquistar!!!




A Chamuça é uma das mais conhecidas e admiradas especialidades da culinária indiana. Essa espécie de pastel indiano costuma ser frito no saudável óleo de coco ou também pode ser assado. Sua origem é milenar mas acabou recebendo variadas versões e influências ao redor do planeta.  Possui peculiar formato triangular carregado de simbolismo.

A VACA SAGRADA produz a versão vegana da samosa (como é conhecida aqui no Brasil) que leva - entre um punhado de especiarias - batata doce, hortelã, pimentão e alho poró. Trata-se de uma ótima opção para os veganos da cidade. O sabor tem conquistado a todos, veganos ou não... Te apetece? Venha saborear esta maravilhosa iguaria às sextas-feiras na Chocolate com Pequi - Feira de Culinária e Arte, no Parque Flamboyant.


Em breve a VACA SAGRADA também será delivery!!! #Nasmastê

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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Namastê: Goiânia agora tem Comida Indiana!

A cultura indiana tem uma infinidade de ingredientes que permeiam o imaginário popular em todo o mundo e fazem daquele país um lugar cada vez mais fascinante. Se a yoga, o misticismo e as artes têm grande importância neste cenário, a culinária também não passa despercebida. Afinal, não fossem os temperos indianos sequer teríamos sido descobertos. Para nossa benção, os moradores de Goiânia agora também poderão sentir as sensações que vêm conquistando o mundo há milênios.

A mais nova opção gastronômica da cidade, o VACA SAGRADA – INDIAN FOOD, estréia na cidade como uma das pérolas da novíssima Feira Chocolate com Pequi, que acontece todas as sextas-feiras no Parque Flamboyant a partir das 17h e que conta com show dos Heróis de Botequim como atração de estréia.

No cardápio, especiarias que fazem parte do dia-a-dia da mesa do povo indiano. O carro-chefe é o Frango Massala, o mais famoso prato da culinária local que inspira chefs de todo o mundo. Para acompanhar esta delícia os clientes terão a opção de escolher entre o Arroz de Limão ou o Arroz de Tamarindo. Esta explosão de sabores também conta com Chutney e Pão Chapati. E, para completar o combo e harmonizar de forma irretocável, Chay indiano!

Goiano perto dos indianos é paulista!
Aos mais preocupados sobre os pratos serem ou não picantes um aviso: apesar das pimentas serem uma das características mais marcantes da culinária indiana, os responsáveis pelo VACA SAGRADA – INDIAN FOOD avisam que, no primeiro momento, deixarão essa escolha para os clientes. Para isso, um molho altamente picante vem à parte. Mais à frente serão feitos testes com pratos "picantes por natureza".

Os idealizadores são o jornalista e músico Frederico Noleto e a professora de Italiano Andréia Coelho. Ele conta que teve oportunidade de conviver de perto com a cultura indiana durante suas vivências no exterior e que logo se apaixonou pela riqueza da cultura e, lógico, pela culinária. "Eles são incrivelmente inteligentes. Possuem uma imensa sabedoria. Isso faz com que mantenham, simultaneamente e, na medida certa, as virtudes da paciência e da alegria. E a gastronomia, essa sim, é dos Deuses!" - brinca o jornalista.

VACA SAGRADA – INDIAN FOOD faz parte da Feira Chocolate com Pequi, que se instalará todas as sextas-feiras no estacionamento do Parque Flamboyant. Frederico explica que a intenção é fazer da relação direta com os consumidores uma oportunidade para aprimorar e divulgar o cardápio antes de implementar  o serviço de "delivery". "Será uma experiência maravilhosa para nós. Trata-se de uma das culinárias mais admiradas e consumidas do planeta. Temos certeza que os goianos vão adorar" - conta Andréia.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Conheça o Sitar e entenda por quê é um dos instrumentos mais difíceis para tocar!


O Sitar é o instrumento musical de origem indiana de maior expressão. Sua imagem é fortemente associada à cultura do país, é um símbolo. Trata-se de um instrumento da família do Alaúde. Por isso, possui cordas esticadas além da caixa de ressonância, em um braço, e se destaca pelo intrigante som metálico.

O nome "Sitar" provém do persa (de três cordas) e provavelmente faz alusão à forma original do instrumento. Hoje o Sitar possui um grande número de cordas, em geral dezoito. Elas são subdivididas em três categorias: cordas de execução, cordas de bordão ou pontuação, e cordas simpáticas (ou simpatéticas).

As cordas de execução são as mais usadas, por serem as usadas para o toque da melodia de uma peça musical. As cordas de bordão, ou de pontuação, possuem um timbre mais metálico em relação às outras, e são usadas basicamente para acompanhamento. As cordas simpáticas, ou simpatéticas, são as mais numerosas. Normalmente, apresentam-se em número de onze cordas. Porém alguns modelos de Sitar podem apresentar até quinze cordas simpáticas.

Muitos Sitars atualmente possuem um segundo ressonador (caixa de ressonância) de cabaça, que fica posicionado atrás do braço em posição oposta à do bojo do instrumento. Alguns Sitars ainda possuem trastes móveis, o que permite que o músico toque com mais facilidade determinadas peças musicais.

É considerado por muitos músicos como sendo um dos instrumentos mais difíceis de se aprender a tocar. Tanto pela quantidade de cordas quanto pela pouca quantidade de mestres. Isso sem falar do imenso universo as musicas ocidental e oriental. Algumas canções dos Beatles contêm arranjos para o instrumento.

Aliás, todo fã dos Beatles já ouviu falar da influência da música da Índia em algumas de suas criações. George Harrison foi o que mais se deixou influenciar, tendo criado canções que se baseiam inteiramente na forma indiana de compor e tocar.

Tudo começou quando no set de filmagem de "Help!" George viu um instrumento estranho, com um som estranho, num dos cenários e sentiu-se atraído. Era um Sitar. Depois da compra de um exemplar barato e alguma experimentação ele apareceria, com seu som bizarro e estimulante, na canção Norwegian Wood. A sonoridade agradou a todos e foi utilizada em outras músicas.

Em 1966 os Beatles passaram pela Índia e acompanharam uma execução de Sitar pela primeira vez.
Especialmente na cidade de Nova Delhi, em uma loja chamada Rishikesh, de propriedade do senhor Rikhi Ram, que até hoje aguarda com muito orgulho sua coleção de fotos privadas com os integrantes da banda.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Entenda por que você precisa conhecer o Holi Festival


Holi Festival (Festival das Cores) é um evento realizado anualmente na Índia entre fevereiro e março que comemora a chegada da Primavera. Nesta brincadeira festiva, pessoas se divertem um dia inteiro atirando tintas umas às outras, das mais diversas cores. A alegria vem acompanhada de muita música e gastronomia. A brincadeira geralmente começa em casa, onde a criançada atira tintas nos irmãos e nos próprios pais que, saem às ruas fazendo o mesmo nos vizinhos. No final, todos saem completamente coloridos. Milhões de pessoas viajam todos os anos à Índia para celebrar a linda Festa das Cores.

A tradição também acontece no Suriname, Guiana, Trindade, Reino Unido, Ilhas Fiji e no Nepal. As pessoas cumprimentam-se dizendo “Holi Hai”. A data é comemorada no dia de lua cheia do mês de Phalugna, entre o final de fevereiro e o começo de março. O Holi já era festejado na Índia muitos séculos antes do nascimento de Cristo. São muitas as lendas que explicam seu início. Todas envolvem Deuses Indianos. Uma delas tem a ver com a lenda que descreve o extremo prazer que Krishna na aplicação de cor sobre Radha e Gopis. Esta brincadeira de Krishna mais tarde, tornou-se uma tendência e uma parte das festividades do Holi.

Outra lenda remete ao temível Rei Hiranyakashyap. Muito vaidoso, ele queria que todos no seu reino o adorassem. Mas foi justamente o seu filho Prahlad quem resolveu adorar uma entidade diferente, chamada Vishnu. Hiaranyakashyap combinou um terrível plano com sua irmã Holika (que tinha o poder de não se queimar) para matá-lo, carregando-o em seus braços para dentro de uma fogueira. A lenda conta que o poder de Holika enfrentar o fogo se tornou nulo quando ela entrou na fogueira acompanhada do sobrinho e que o deus Vishnu reconheceu a bondade e devoção de Prahlad, salvando-o. Por isso diz-se que a festa celebra a vitória de um deus contra o outro e também o triunfo da devoção.

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segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Apaixone-se pelo CHAI!


O Masala Chai ou "chá com especiarias" é uma bebida do subcontinente indiano feita a partir da produção de chá com mistura de especiarias e ervas aromáticas indianas. Embora o café seja uma bebida mais popular em partes do sul da Índia, o chai é muito comum em todo o sul da Ásia, onde vendedores de rua conhecidos como "tchai wallahs" se encontram aos montes. O termo tautológico chai (em hindi मसाला चाय ou masālā chī) é algumas vezes usado para indicar chá que contém especiarias e leite, distinto de outros tipos de chá. Cafeterias da Grã-Bretanha e do ocidente costumam usar o termo "chai late", indicando que o leite fervido do "café late" normal está recebendo o sabor de chá com especiarias concentradas ao invés do expresso.

O chá base é usualmente um chá preto forte, tal qual de Assam ou o de Kashmir (conhecido como "chá pólvora"). No entanto, uma grande variedade de chás pode ser usada, desde que tenha sabor forte o suficiente para se sobressair ao sabor das especiarias e adoçantes. O método tradicional mais simples de preparação do masala chai é o de ferver uma mistura de leite e água com folhas soltas de chá, adoçantes e especiarias não moídas. O método pode variar conforme o gosto ou costume local. Em algumas regiões faz-se a combinação de todos os ingredientes logo de início. Esperam levantar fervura e então imediatamente coam e servem. Outros começam fervendo as folhas de chá e só adicionam as especiarias no final e vice-versa.

Especiarias
O Masala Chai tradicional é uma bebida revigorante justamente por conta das chamadas "especiarias quentes". A maioria incorpora os seguintes componentes: cardamomo, gengibre, anis, pimenta e cravo. Tradicionalmente, o cardamomo é a nota dominante. As misturas para os pratos da cozinha indiana, como o Frango Masala, também usam comumente outras especiarias como cravo, gengibre ou pimenta do reino, que adicionam agradável sabor picante. A versão Kashmiri do chai é feita com chá verde ao invés de chá preto e possui uma mistura mais sutil de sabores como amêndoas, cardamomo, cravo e algumas vezes açafrão. Outros ingredientes possíveis são noz-moscada, sabor de rosa (pétalas de rosa são fervidas junto com o chá) ou raíz de licorice.

Embora a mistura de sabores favoreça as notas caramelizadas do Demarara ou outros açúcares marrons e o açúcar de palma ou de coco, ou a ainda mais leve e complexa acidez do mel; você também pode usar o açúcar branco comum. O Jaggery também é usado como um adoçante, principalmente em partes rurais da Índia. Uma quantidade surpreendentemente grande de açúcar pode ser necessária para extrair o sabor das especiarias; uma receita usa três colheres de sopa de açúcar para 3.5 xícaras de chai. Algumas pessoas incorporaram o Leite Condensado com propósito duplo de adoçante e leite. Usualmente usa-se o leite integral na preparação do Masala Chai. Geralmente acrescenta-se 1/4 a 1/2 partes de leite com água, esquentando o líquido até quase fervura ou mesmo até a fervura.

História
Plantas de chá tem crescido na região de Assam desde a antiguidade mas, historicamente, os habitantes do sul da Ásia viam o chá como um remédio herbal mais do que como uma bebida recreativa. Algumas das misturas de especiarias usadas no Chai Masala atualmente têm origem nos textos da Medicina Ayurvédica. No entanto data-se a década de 1830 como a grande popularização do cortem. Quando a Companhia das Índias Orientais inglesa tornou-se preocupada com o monopólio chinês do chá, que constituía a maior parte do seu comércio e dava suporte ao enorme consumo de chá na Grã-Bretanha, aproximadamente uma libra (por peso) por pessoa por ano. Colonizadores britânicos descobriram então a existência de plantas de chá assamesas e passaram então a cultivar plantações de chá in loco.

Até 1870 mais de 90% do chá consumido na Grã-Bretanha ainda era de origem chinesa. Em em 1900 esta porcentagem caiu para 10%. Grande parte substituído pelo chá crescido na Índia (50%) e Ceilão (33%). Entretanto, o consumo do chá dentro da Índia permaneceu pequeno até que uma campanha promocional agressiva pela companhia inglesa Indian Tea Association no início do século XX começou a encorajar fábricas, minas e moinhos têxteis a fornecer intervalos para tomar chá para seus trabalhadores. Ela também deu suporte a diversos chai wallahs independentes ao redor do sistema ferroviário crescente.

A promoção oficial do chá era como servido à moda inglesa, com pequenas quantidades de leite e açúcar. A Indian Tea Association inicialmente não aprovava a tendência dos vendedores independentes de adicionar especiarias e aumentar grandemente as proporções de leite e açúcar, assim reduzindo seu uso (e portanto a compra) de folhas de chá por volume líquido. Entretanto, Masala Chai na sua forma atual estabeleceu-se firmemente como uma bebida popular, não apenas sobrevivendo ao Raj Britânico mas espalhando-se além do sul da Ásia para o resto do mundo.

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sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Conheça o khādī: o tecido de Gandhi!


Apesar do termo khādī significar "algodão", nesta linda vestimenta tecida e fabricada à mão na Índia as matérias-primas também podem ser seda ou lã. Elas são fiadas em uma roda chamada charkha. Têm tecido versátil: fresco no verão e quente no inverno. Suas estampas são amplamente aceitas nos círculos da moda.

Em 1920 a fiação do khādī foi promovida por Mahatma Gandhi como forma de empregar camponeses e permitir a auto-suficiência da Índia. Desta forma, o khādī acabou se tornando uma espécie de ícone do boicote aos produtos ingleses promovido na época. Tanto que o próprio movimento de Independência da Índia girava em torno da sua utilização. Ate hoje a maioria dos políticos do país são vistos publicamente apenas usando khādī.

A Índia tem longa história de têxteis. Já no período védico, os arianos costumavam produzir os próprios tecidos. O khādī charakhas costumava ser presenteado a noivas como uma forma de incentivar a cultura da fiação. O khādī foi popularizado no ocidente pelas telas do cinema em cenas do filme  Star Wars, através do personagem Mace Windu (Samuel L. Jackson). Outro detalhe é que a bandeira da Índia só pode ser confeccionada a partir deste material.

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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Afinal, o que é o CURRY?


O CURRY (em português "caril") é uma mistura de especiarias muito utilizada na culinária da Índia e demais países da região, como Bangladesh e Tailândia. Na prática é a base de quase todos os pratos típicos daquele país e basicamente um de seus principais temperos. Após ser moído e tostado, o mix passa a ter cor amarelada.

O "pó-de-caril" é feito à base de pó açafrão-da-terra, cardamomo, coentro, gengibre, cominho, casca de noz-moscada, cravinho, pimenta e canela. Em algumas regiões também é usada alforva, pimenta-de-caiena, cominhos finos, pimenta-da-jamaica, pimentão e alecrim.

Existem currys que chegam a levar 70 plantas diferentes e, como quase todos  os temperos da culinária indiana, também possui diversas propriedades terapêuticas que abordaremos em outras reportagens. O que se sabe de verdade é que o curry, aumenta a imunidade do nosso organismo e, sim, também pode ajudar na perda de gordura.

O que poucos brasileiros sabem é que o mix de temperos também é um preparado típico do Estado Português da Índia (estado ultramarino português fundado em 1505, seis anos após o descobrimento da rota entre Portugal e o Subcontinente Indiano), onde indianos falam português. A palavra curry foi incorporada à língua inglesa em 1598, possivelmente a partir do português 'caril'.

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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Significado do OM

Significado lingüístico
Em sânscrito, o significado de Om é avati ou rakshati. Rakshati significa "aquilo que protege, sustenta". Portanto, aquilo que sustenta tudo é Om e o que sustenta tudo é o que nós podemos ver como a ordem. Podemos ir mais adiante; esta ordem é a realidade de tudo. A própria ordem é uma realidade. E então, a essência da própria ordem é Om. Isto significa que Om é o nome do Senhor que permeia o seu ser, que preserva tudo no mundo na forma de niyati, a forma da ordem que sustenta. Vamos ver como.

Quando dizemos que a ordem está por trás de tudo, isto não quer dizer "atrás" de alguma coisa que está aqui. É a própria coisa. Isto é um copo. O que o faz um copo? Qual é o material do copo? Por que ele aparece nessa forma particular? Por que ele não tem outra forma? Por que este material, aço inoxidável não enferruja? Por que outro aço enferruja - aquele que é ferro-gusa? Isto tudo é ordem e esta forma é conservada pela ordem. É a ordem que faz uma coisa como ela é. O fato de cadeira ser cadeira é por causa da ordem. Tudo que está aqui é permeado por esta ordem. Esta ordem é Íshvara.

O que você vê é o objeto e o fato de você poder ver é a ordem. No próprio objeto há ordem, por isso você não está buscando "atrás" do objeto para encontrar a ordem. Hoje isto é copo de aço, amanhã você poderá chamá-lo um copo de aço, portanto isso está em ordem. Se amanhã não for copo de aço, ainda assim estará em ordem. Isto também é visto. Hoje vemos a forma de uma flor, amanhã nós descobriremos que a flor se foi e há um fruto, isto também é ordem. Ordem significa a maneira como as coisas são como são. Tudo o que existe é mantido pela ordem chamada niyati. Este niyati é Ishvara, o Senhor. sarvam omkarah eva yadbhutam yadbhavishyatam

"O que aconteceu antes, o que existe agora e o que existirá mais tarde - tudo isso é Om".

O ensinamento aqui é conectar aquele significado a esta palavra. Se o significado está em minha cabeça, quando levo esta visão para você, há então a transação total ou comunicação. Isto é ensinamento.

Uma palavra ou objeto, abhidhanam e seu significado abhidheyam são uma única e mesma coisa. 

Quando eu peço a você para trazer um pote, você não escreve "P - O - T - E" e traz para mim. O nome e o objeto são idênticos, no sentido de que você não pode pensar na palavra sem pensar no significado. Se você não conhece o significado, então não é uma palavra - ela torna-se somente um grupo de sons. Um vez que você saiba que para este grupo de sons existe este significado, então, sem pensar no significado, você não consegue pensar na palavra.

Assim, Om é um nome do Senhor e o que Ele significa, a verdade do Senhor. Om não é, como se diz, o som primordial. Isto é uma tolice. Om é o nome do Senhor que é tudo. Quando eu digo a palavra Om, você vê o significado.

Significado vêdico do Om
Om é também usado como um símbolo (pratika em sânscrito) para tudo, o universo inteiro, porque Om sustenta tudo. O universo inteiro significa não somente o universo físico, mas também a experiência dele. Este é o significado que os Vedas depositam neste símbolo.

Sendo uma tradição oral, os Vedas explicam Om como feito de três partes. São partes fonéticas deste som Om e cada uma dessas partes carrega um certo significado. Isto é chamado superimposição, adhyasa. Você superimpõe um significado sobre estes sons.

No OM, há "A", há "U", há "M". "A" é uma vogal, "U" é uma vogal, "M" é a consoante. Então este "A" mais "U" mais "M" juntos tornam-se "OM". "A" mais "U" tornam-se "O", um ditongo. Se você percebe como "A" e "U" são pronunciados, como uma combinação no sthana, o local de onde o som vem, então você verá que "A" mais "U" só pode ser "O". E com "M" no final, ele se torna "OM".

O vocábulo "A" representa todo o mundo físico de sua experiência. O experienciador, a experiência e o experienciado, todos três são cobertos pelo som "A". Quando você está acordado você está ciente de seu corpo físico e deste mundo físico - conhecido e desconhecido. Você está também ciente da experiência do mundo físico. Ao mesmo tempo você está ciente do experimentador - que é você. Todos estes três dos quais você está ciente são "A".

O vocábulo "U" é o mundo de pensamento que é distintamente experienciado como diferente do mundo físico. Um mundo de pensamento, que é distintamente experienciado, como seu sonho, como sua imaginação e como abstrato ou sutil, sukshma, é representado por "U". O mundo de pensamento, o objeto do mundo de pensamento e sua experiência são o significado do som "U".

Em seguida há "M". Ele representa a experiência que você tem no sono profundo, a condição não manifesta. O que existiu antes e depois da criação é o significado do som "M".

Então, aquele que dorme e a experiência do sono, o sonhador e a experiência do sonho, o acordado e a experiência do acordado, todos estes três constituem o que nós chamamos como tudo o que existe. Todos estes três juntos representam Om. Om é completo: vidim aviditam sarvam oàkarah

Nós vimos que o que existiu antes, o que existe agora e o que existirá mais tarde, tudo é OM. Igualmente, tudo que é desconhecido, o que é experienciado, a experiência e o experienciador é também OM. Isto é o Senhor, Bhagavan ou Ishvara.

Significado não lingüístico do Om
Todo o jagat, o mundo manifestado, é visto como um, mas nós podemos dizer, diversamente, que ele tem muitas formas. Você pode olhar cada uma delas como uma coisa, mas se você olhá-las diferentemente, descobrirá que é uma combinação de outras coisas. Cada uma tem uma forma, para a qual damos um nome.

Mesmo este corpo físico é um, mas diversamente, ele tem variadas formas. Nós temos duas mãos, duas pernas e em cada parte há muitas células. As células são diferentes também. Se nós tomamos as células, há muitos tipos delas: células do fígado, células do cérebro, etc. Além disso há componentes da célula, DNA, etc.

Portanto, você descobre que vai continuamente usando novas palavras porque há diferentes formas dentro de cada forma. Todos os nomes e formas não estão separados do Senhor. Mas, eu desejo dar um nome para o Senhor; assim, eu posso relacionar-me com Ele ou ver seu significado e então comunicar-me com Ele.

Então, que nome eu deveria dar - um nome que incluísse todas as formas? Quando eu digo "pote", não é "cadeira", não é "mesa", não é "árvore", nem "tapete"; "pote" é somente pote. Mas o Senhor é pote, cadeira, mesa, tapete .... tudo, Então o que eu devo fazer? Nós temos que recitar o dicionário inteiro!

Mas isto não é suficiente. Você tem que fazê-lo em cada idioma! Cada idioma, cada dialeto, tem seus próprios nomes e formas. Há uma quantidade de objetos no mundo que não são ainda conhecidos e nós continuamos inventando novos fatos para os quais nós descobrimos novos nomes.

Quando você vai ao idioma sânscrito há um outro problema. O dicionário é uma apologia ao idioma sânscrito. Dicionário no idioma sânscrito não é em absoluto um dicionário, porque o idioma sânscrito é cheio de palavras compostas e você pode fazer palavras compostas o tempo todo e quando você faz uma composição, ela é uma palavra que é válida mas não está no dicionário. Então, em sânscrito não pode haver um dicionário completo e abrangente. As possibilidades das palavras são infinitas.

Lingüisticamente, dar um nome ao Senhor - que é todos os nomes e formas - é uma tarefa impossível. Portanto, nós abandonamos os idiomas . Assim, nós temos outra explicação para o OM, que não é lingüística. Não olhe para ele como uma palavra. Olhe para ele como algo que é puramente fonético. 

Todos os nomes são somente palavras. Todas as palavras são somente letras e todas as letras são somente sons. Letras e alfabeto também diferem. Em inglês você tem de "A" a "Z"; em latim começa com "Alpha" e termina com "Omega"; em Sânscrito ele vai do "A" ao "H".

Descobrimos que as letras são específicas para cada idioma. Portanto, vamos além das letras onde todas as particularidades dos idiomas são ultrapassadas.

Além das letras, um nome se torna um grupo de sons. O francês, o árabe, o membro de uma tribo africana, um erudito em sânscrito ou um brahmin de Boston, todos emitem alguns sons. 

Especificamente, quando não conheço a língua escuto somente sons. Em cada idioma, certos sons se repetem, o que constitui a característica única daquele idioma. Mas, se um francês ou um indiano ou qualquer pessoa abrisse a sua boca para fazer um som, o que seria?

Quando você abre sua boca e faz um som, o som que é produzido é A. Se você fecha sua boca e faz um som, esse som é M. Você não produz nenhum outro som posteriormente. Todos os outros sons estão entre os sons A e M, sejam eles consoantes ou vogais. Entretanto, há um som que pode representar todos os outros sons, no sentido de completar todos os sons, você o faz arredondando seus lábios. Ele é U. Agora posso combinar esses três sons que representam todos os sons: A + U + M e fazer uma única palavra que se tornará Om, o nome do Senhor. Uma vez que você diz Om, você diz tudo.

Quando você conhece o significado, Om torna-se o nome do Senhor para você. Então você pode chamá-lo, invocá-lo e orar para Ele. É por isto que muitas preces, cânticos e mantras começam com Om.

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Publicado originalmente na edição de março/abril de 1999 do Informativo Vidya Mandir, do Vidyamandir - Centro de Estudos de Vedanta e Sânscrito, Rio de Janeiro, e digitado por Cristiano Bezerra.