segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Mudrás: O que são e para que servem as posições das mãos utilizadas na cultura indiana?



As figuras dos Deuses indianos posicionando as mãos de formas variadas talvez sejam as que mais permearam o imaginário popular em todo o mundo ao longo da história da humanidade. Para quem não sabe, estes gestos têm não apenas nome, mas diversas finalidades. Eles são chamados Mudrás. São bastante difundidos nas aulas de Yoga, pois acredita-se que nos permitem sintonizar com frequências específicas de energia do Universo. Para os indianos a saúde plena é o resultado dessa sintonia, em que o ser individual (microcosmo) sincroniza-se com o Universo (macrocosmo). Outras culturas acabaram absorvendo e utilizando estes conhecimentos, também difundidas em filmes de artes marciais. Na Índia, são utilizados com o único objetivo de nos conectar com os ritmos do universo para facilitar a saúde e a cura.

A palavra Mudrá pode significar "gesto", "selo", "senha" ou "chave" e provém da raiz "mud" (alegrar-se, gostar). Os Mudrás são ferramentas poderosas para otimizar a saúde. Quando o realizamos as mãos atuam como antenas, canalizando energias de cura para todos os aspectos do nosso Ser. Segundo Yoga e Ayurveda, isso funciona porque nosso corpo é composto de 5 elementos: terra, água, fogo, ar e espaço.
Cada um destes elementos está relacionado com um de nossos sistemas fisiológicos e também com certas qualidades. Quando estes elementos estão presentes na quantidade adequada a saúde estará presente. e cada um dos dedos está relacionado com um dos 5 elementos.

O dedo mínimo representa a Água, o anular a Terra, o médio o Espaço ou o Éter, o indicador o Ar e o polegar o Fogo. As combinações dos dedos, assim como a posição deles (esticado, flexionado, etc.) permitem uma grande variedade de opções de conexão com as energias primordiais do Universo.
Há milhares de anos atrás, os sábios da Índia desvendaram os códigos secretos destas inúmeras combinações observando os efeitos e benefícios de cada Mudra. Hoje eles representam um tesouro que permite que o microcosmo de nosso corpo se harmonize com os ritmos do universo para facilitar a saúde e a cura. A cada semana iremos ensinar um Mudrá diferente. Comece praticando de um a cinco minutos. Consulte um professor de Yoga para aprofundar este conhecimento milenar dos indianos. #namastê


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segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Em Bollywood as coreografias fazem tanto sucesso quanto o próprio filme!




Dev Patel e Freida Pinto arrasando na típica coreografia final dos filmes indianos em "Slumdog Millionaire".



Uma das características mais marcantes as produções de Bollywood são as alegres danças coreografadas pelo atores ao final de cada filme. As canções-tema são de tamanha importância na indústria cinematográfica indiana que as músicas costumam ser lançadas já antes da estréia dos filmes Geralmente quando coreografadas pelas estrelas já ganhou os corações do grande público.   

Os atores e atrizes da atual safra do país geralmente são excelentes dançarinos e alguns também cantores. Alguns dos cantores mais famosos de Bollywood na atualidade são Noor Jehan, Lata Mangeshkar, Asha Bhosle, Geeta Dutt, Shamshad Begum, Alka Yagnik, K. L. Saigal, Talat Mahmood, Mukesh, Mohamed Rafi, Manna Dey, Hemant Kumar, Kishore Kumar e Kumar Sanu. Muitos indianos inclusive vão ao cinema para ouvir seus cantores prediletos e suas canções costumam ser essenciais para se decretar o sucesso ou fracasso de cada filme.

Quase sempre a fórmula se repete: o herói e/ou a heroína mostram seus dotes rítmicos junto com um grupo de dançarinos de apoio em mudanças de cenários e de figurinos. No filme "Quem Quer Ser um Milionário" (Slumdog Millionaire) - a produção de maior bilheteria da história de Bollywood - os atores Dev Patel (Jamal) e Freida Pinto (Latika) não deixam por menos e realizam performances alegres e envolventes como manda a tradição!


quinta-feira, 1 de junho de 2017

Conheça Mastanamma, a avó de 106 anos que é uma das Youtubers mais populares da Índia!



Na Índia ela é mais popular do que o próprio programa Master Cheff, a mais nova sensação do YouTube se chama Mastanamma e se gaba de ter 106 anos de idade. Vestida com um sari de algodão e um campo de arroz aberto como fundo de sua cozinha, essa simpática vovozinha indiana não se encaixa no molde dos chefs de cozinha tradicionais e, graças à internet, a apresentadora de cabelos grisalhos da cidade de Andhra Pradesh acabou se tornando sensação no Youtube com suas técnicas tradicionais e inusitadas de cozinhar.
Mastanamma é a estrela do canal Country Foods, que possui mais de 2.80.000 assinantes dentro e fora da Índia. Embora não tenha uma certidão de nascimento para provar sua avançada idade, possivelmente Mastanamma é a estrela mundial do YouTube com idade mais avançada. Nós da VACA SAGRADA só temos a agradecer pela disposição e pela alegria! Namastê!

Fonte: http://www.firstpost.com/entertainment/meet-mastanamma-106-year-old-grandmother-who-is-one-of-indias-most-popular-youtubers-3416200.html

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Publicação da Universidade de Cambridge faz paralelo entre Globalização e "História da Comida"!



Desde as origens da agricultura há cerca de 11.000 anos até a propagação de Big Macs e de restaurantes chineses em todo o mundo de hoje a História da Comida é também a da Globalização, argumenta o co-editor de "A História Mundial de Alimentos de Cambridge" (2000), Kenneth Kiple. A obra se baseia em uma referência anterior onde descreve o surgimento de diferentes alimentos em várias partes do mundo e os inúmeros processos pelos quais eles se espalharam, misturaram e deram origem a novos filhos. Desde o "Chilli con Carne" ao "Mc Lanche Feliz".

É um conto fascinante que conta por exemplo sobre como a abertura da Estrada da Seda no século I a.C permitiu que o conhecimento da vinificação atravessasse do leste do Oriente Médio até a China enquanto a idéia de macarrão se movia na direção oposta. E ainda sobre como o "Intercâmbio Colombiano" de gêneros alimentícios entre Velho o Novo mundos foi o segundo em importância na história alimentar, apenas para a adoção da agricultura.

Vários temas emergem da caçarola histórica resultante. Através do tempo e do espaço, a comida sempre foi usada para delinear distinções sociais, seja em salas de jantar romanas ou "supermercados gourmet" modernos. A linha divisória entre alimentos e remédios sempre foi confusa. Novos alimentos são geralmente considerados com suspeita. Foi assim com as batatas na Europa do século 18. É assim com as culturas geneticamente modificadas agora no século XXI.

Mas hoje, depois de dez milênios da globalização dos alimentos, estamos vivendo no fim da história dos alimentos - uma época em que tudo está disponível em todos os lugares. Especiarias que uma vez comandaram preços exorbitantes e levaram os comerciantes a inventar grandes contos para obscurecer suas origens agora podem ser encontradas no supermercado. Tomates e milho do Novo Mundo eram desconhecidos para os romanos, mas agora são centrais para a cozinha italiana. A Índia é agora o maior produtor de amendoim, uma safra sul-americana. A China é o maior produtor de trigo, uma cultura do Oriente Médio, e de batata, originalmente da América do Sul. O Brasil domina a produção de café, originalmente da Etiópia, e de açúcar, originalmente da Nova Guiné. É globalização em uma "tigela".

O livro de Kiple cobre uma enorme quantidade de áreas e, como qualquer guisado, pode ser um bocado grumoso às vezes. Mas ele está repleto de curiosidades curiosas: o uso de grãos de cacau como moeda; A domesticação acidental de centeio, aveia e várias leguminosas depois de engatar um passeio com trigo e cevada; As origens da Coca-Cola como um tônico da saúde. Dica: quem achar "A História Mundial da Alimentação de Cambridge" muito grande existe também um resumo, sucinto, muito mais "saboroso".

Traduzimos de artigo publicado no The Economist.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Até 2030 todos os carros de passeio da Índia serão elétricos!



A poluição do ar na Índia acabou se tornando crise de Saúde Pública e também econômica. Por conta disso o atual governo está respondendo /decidiu adotar uma operação de guerra: em 2030 todos os carros vendidos no país serão elétricos. O objetivo desta medida é reduzir os custos de condução de veículos eléctricos e de importação de combustível e melhorar a saúde da população.

A iniciativa já está sendo comparada com a bem-sucedida promoção de lâmpadas LED em 2015, que visava reduzir as contas de energia: "Vamos tornar os veículos elétricos auto-suficientes. A ideia é que até 2030, nem um carro a gasolina ou a diesel seja vendido no país “ – explica o ministro de Minas e Carvão, Piyush Goyal.

Ele estima que a indústria de carros elétricos deverá exigir assistência governamental por cerca de dois ou três anos mas,  depois disso, a produção de veículos elétricos provavelmente seja "impulsionada pela demanda e não por subsídios".

No início deste ano o Greenpeace divulgou relatório que atribui 2,3 milhões de mortes por ano à poluição atmosférica na Índia. O relatório intitulado "Airpocalypse" indica que o número de mortes por poluição atmosférica no país é apenas "uma fração menor do que o número de mortes de tabaco”. Além disso, um total de 3% PIB local é devorado pelos custos com cuidados de saúde por doenças provocadas por agrotóxicos.

"As tendências da poluição da Índia têm aumentado constantemente, com a Índia ultrapassando a China em número de mortes devido à poluição do ar em 2015". Delhi – a cidade a mais poluída de India – tem concentrações 13 vezes maior que o limite anual ajustado pela Organização Mundial de Saúde.

Aparentemente o governo indiano sabe que agora é a hora de agir e deverá alvejar primeiramente centros urbanos densos. Piyush Goyal indicou que o plano do carro elétrico focalizará primeiramente centros de consumidor maiores, onde a poluição está em uma elevação absoluta.

Fonte: The Independent, International Business Times